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“Drex e os bancos digitais” por Vanderson Aquino

A nova moeda digital do Banco Central, Digital Real X (Drex), é mais uma inovação que, assim como o Pix, chega para tornar a economia ainda mais digitalizada. Entre os benefícios, destacam-se a praticidade e a segurança. A tendência é que, com o tempo, o uso do papel-moeda diminua e o foco seja o real digital; prática que já vem sendo antecipada com as transações via Pix, que encontrou uma forte aderência no Brasil. Tendo em vista que o Drex pode chegar com as mesmas facilidades de operação, como taxação zero para os usuários e transações liberadas em qualquer dia e horário, a expectativa é que a moeda digital brasileira conquiste os consumidores muito rapidamente.

Cabe ainda citar facilidades tanto em investimentos como em empréstimos, seguros e resgates de aplicação, segundo o BC, o Drex poderá ser utilizado em todas as atividades financeiras disponíveis atualmente. Novas possibilidades de uso também são estudadas, como os chamados “contratos inteligentes” para grandes transações – funcionam como um tipo de contrato automatizado, feito instantaneamente, em que as partes garantem o bem e o valor da compra.

No caso da venda de um automóvel, por exemplo, não haveria conflito entre o comprador depositar o valor antes de pegar o carro ou se o vendedor teria de transferir os documentos antes de receber o dinheiro, pois todo o processo seria feito instantaneamente, por meio de um contrato automatizado.

Outro ponto alto é a maior facilidade de rastreabilidade, se com o Pix as fraudes financeiras tornaram-se mais comuns, a ideia é que o Drex garanta maior segurança da transação, uma vez que o dinheiro passa a ser totalmente rastreado. Todas as operações envolvendo o Drex terão garantia de segurança jurídica, cibernética e de privacidade, segundo o BC. Vale destacar também que o real físico pode até ser trocado pelo Drex e vice-versa, mas esse não é o foco do real digital.

Todavia, assim como com o Pix, o que já podemos adiantar de imediato é uma solução para problemas práticos do dia-a-dia, como as devoluções em troco durante as compras. Em linhas gerais, para fins de operacionalização, não muda praticamente nada, cada banco vai guardar a moeda digital, que vai ser emitida com o lastro do Banco Central. A iniciativa é vista com bons olhos pelo Mêntore Bank, que visa digitalizar cada vez mais pessoas e chegar a usuários ainda não bancarizados, facilitando esse novo cenário no Brasil.

Fonte: O Otimista